sexta-feira, 10 de julho de 2009

RECICLAGEM DO PAPEL

Este Biombo é feito de Papel Reciclado



O papel é um material de suporte da informação escrita que produz fortes impactos negativos sobretudo ao nível da produção.
De facto, embora a matéria prima se possa considerar renovável - a madeira, proveniente das árvores - a sua produção conduz normalmente a extensas monoculturas de espécies exóticas - como o eucalipto em Portugal, e diversas resinosas na maior parte da Europa - que têm como consequência o desaparecimento da quase totalidade da fauna e da flora nativas. Este efeito está relacionado não apenas com as espácies utilizadas mas também com o regime de cultivo: plantações densas, revolução de curtas e lavagem de solos de montanha débeis.



As plantações de árvores para pasta de papel são, no Distrito de Aveiro, um pouco por todo o Litoral Norte e Centro de Portugal e mais recentemente, e com consequências mais graves, também no interior, a principal causa de desaparecimento do coberto vegetal natural, e com ele, de animais de todas as espécies.
Igualmente significativa é a degradação da paisagem, pela via da uniformização, e a perda do seu carácter e da sua especificidade (biodiversidade).
É um drama em larga escala, que os interesses económicos encobrem, e que a falta de sensibilidade e de atenção da generalidade dos cidadãos tende a ignorar.
A reciclagem do papel é um procedimento que permite recuperar as fibras celulósicas do papel velho e incorporá-las na fabricação de novo papel. Não é um processo isento da produção de resíduos, mas a produção de pastas virgens também não o é, e assim sempre se minimizam os problemas relacionados com a produção de matéria prima e com a deposição do papel velho.
É importante realçar que os papéis não podem ser reciclados indefinidamente sem que haja perde de qualidade. Após cada utilização, eles perdem parte das suas propriedades e só podem ser reciclados para uso distinto, e um pouco menos nobre, do que o original.
Se se olhar com cuidado e bem de perto para uma folha de papel vai-se perceber que o papel é feito de inúmeras fibras que se cruzam. São elas que lhe dão resistência. Dependendo do tipo de polpa que é usada para fazer o papel (pode ser pinho, eucalipto ou até outras fibras vegetais como algodão, linho, etc.) ele vai ter fibras mais longas ou curtas e vai ser mais ou menos resistente.
Por isso papel branco é mais caro e inclusive a apara (resto de papel) branca também alcança maior valor no mercado. E cada vez que se recicla diminui o tamanho das fibras e ele fica um pouco mais fraco. Por isso que para reciclar muitas vezes o mesmo papel, deve-se colocar um pouco de fibra virgem para aumentar a sua resistência.

Um outro problema são os pigmentos presentes no papel. Para fazer papel branco a polpa (de fibra virgem ou papel já usado) deve passar por um processo químico de branqueamento. Por isso quanto mais pigmento um papel tem, mais difícil fica reciclá-lo e conseguir a partir dele um papel branco.
Na realidade o ideal seria que mudássemos alguns dos nossos hábitos.

Por que necessitamos de um papel tão branco, muitas vezes para uso tão simples (rascunho, caderno de anotações, etc). E ainda, por que precisamos de produtos e embalagens de papel tão coloridos e cheios de pigmentos muitas vezes tóxicos, que de uma forma ou de outra vão acabar no ambiente, caso sejam sendo reciclados ou não?

Economia feita com reciclagem:
1000kg de papel reciclado = 20 árvores poupadas1000kg de papel reciclado = 2000l água1000kg de papel não reciclado = 100 000l água.
O papel é um material biodegradável e orgânico, mas em caso de aterros com pouca humidade o processo de degradação se torna lento, chegando a demorar de 3 meses a 100 anos para se decompor
O processo inicial da reciclagem dá-se na separação do lixo do papel, de seguida existe um banho de detergentes e solventes para retirar a tinta. O papel é transformado numa pasta. As impurezas são removidas com uma série de lavagens. Depois a pasta é misturada com cloro, que a torna branca.
Existem porém alguns tipos de materiais que contaminam o papel, tornando-o difícil de reciclar, como mostramos a seguir:


PODE RECICLAR

Caixas de papelão Jornal Revistas Impressos em geral Fotocópias Rascunhos Envelopes Papéis timbrados Cartões Papel de fax


NÃO PODE RECICLAR

Papéis sanitários Papéis plastificados Papéis metalizados Papéis parafinados Copos descartáveis de papel Papel carbono Fotografias Fitas adesivas Etiquetas adesivas Papel vegetal


O Que Podemos Fazer pela Reciclagem do Papel?

Para a reciclagem ser possível cabe ao utilizador - a todos nós - fazer uma selecção correcta dos papeis recicláveis e uma selecção correcta significa essencialmente separar os papeis de outros materiais com os quais possam estar associados - como plásticos por exemplo - e que perturbam o processo de reciclagem.
Pelo mesmo motivo, papéis indissociavelmente ligados a outros materiais como as e as embalagens aluminizadas devem ser excluídos.
Caso se justifique, isto é, em locais onde se produz muito papel usado, pode ter interesse uma separação de diferentes tipos de papeis: papeis quase brancos e impressões de computador para um grupo, papeis de jornais e revistas para outro, e cartões para outro.
Esta separação valoriza o papel-resíduo e permite obter pastas recicladas de melhor qualidade

domingo, 5 de julho de 2009

EFEITO ESTUFA E SUAS CONSEQUÊNCIAS

O Efeito Estufa é a forma que a Terra tem para manter sua temperatura constante. A atmosfera é altamente transparente à luz solar, porém cerca de 35% da radiação que recebemos vai ser refletida de novo para o espaço, ficando os outros 65% retidos na Terra. Isto deve-se principalmente ao efeito sobre os raios infravermelhos de gases como o Dióxido de Carbono, Metano, Óxidos de Azoto e Ozônio presentes na atmosfera (totalizando menos de 1% desta), que vão reter esta radiação na Terra, permitindo-nos assistir ao efeito calorífico dos mesmos. Nos últimos anos, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera tem aumentado cerca de 0,4% anualmente; este aumento se deve à utilização de petróleo, gás e carvão e à destruição das florestas tropicais. A concentração de outros gases que contribuem para o Efeito de Estufa, tais como o metano e os clorofluorcarbonetos também aumentaram rapidamente. O efeito conjunto de tais substâncias pode vir a causar um aumento da temperatura global (Aquecimento Global) estimado entre 2 e 6 ºC nos próximos 100 anos. Um aquecimento desta ordem de grandeza não só irá alterar os climas em nível mundial como também irá aumentar o nível médio das águas do mar em, pelo menos, 30 cm, o que poderá interferir na vida de milhões de pessoas habitando as áreas costeiras mais baixas. Se a terra não fosse coberta por um manto de ar, a atmosfera, seria demasiado fria para a vida. As condições seriam hostis à vida, a qual de tão frágil que é, bastaria uma pequena diferença nas condições iniciais da sua formação, para que nós não pudessemos estar aqui discutindo-a.
O Efeito Estufa consiste, basicamente, na ação do dióxido de carbono e outros gases sobre os raios infravermelhos refletidos pela superfície da terra, reenviando-os para ela, mantendo assim uma temperatura estável no planeta. Ao irradiarem a Terra, parte dos raios luminosos oriundos do Sol são absorvidos e transformados em calor, outros são refletidos para o espaço, mas só parte destes chega a deixar a Terra, em consequência da ação refletora que os chamados "Gases de Efeito Estufa" (dióxido de carbono, metano, clorofluorcarbonetos- CFCs- e óxidos de azoto) têm sobre tal radiação reenviando-a para a superfície terrestre na forma de raios infravermelhos.

Desde a época pré-histórica que o dióxido de carbono tem tido um papel determinante na regulação da temperatura global do planeta. Com o aumento da utilização de combustíveis fósseis (Carvão, Petróleo e Gás Natural) a concentração de dióxido de carbono na atmosfera duplicou nos últimos cem anos. Neste ritmo e com o abatimento massivo de florestas que se tem praticado (é nas plantas que o dióxido de carbono, através da fotossíntese, forma oxigênio e carbono, que é utilizado pela própria planta) o dióxido de carbono começará a proliferar levando, muito certamente, a um aumento da temperatura global, o que, mesmo tratando-se de poucos graus, levaria ao degelo das calotes polares e a grandes alterações a nível topográfico e ecológico do planeta.

terça-feira, 30 de junho de 2009

HOMILIA DE DOM FREI LUIZ CAPPIO , BISPO DE BARRA -BA , POR OCASIÃO DA JORNADA FRANCISCANA EM APARECIDA EM STEMBRO DE 2008


O Bispo da Barra, D. Luiz Flávio Cappio, OFM, encerrou a Jornada Franciscana no Santuário Nacional de Aparecida, com celebração às 10h30.Nesse ano (2008), a Jornada Franciscana da FFB região Sudeste celebrou os 800 anos do Carisma Franciscano, com o tema “Com Francisco, Vamos à Casa de Maria, Celebrar a Vida”.Este tema também aborda o tema da Campanha da Fraternidade deste ano, "Defende, pois a vida".Confira na íntegra a Homilia de D. Cappio:
1. Com Frei Galvão, meu querido confrade e conterrâneo, saúdo à grande Família Franciscana Brasileira (FFB), em seus vários segmentos, comunidades masculinas, femininas, respeitando seus diversos carismas, todos marcados com a ternura e o vigor de Francisco e Clara que são a ternura e o vigor do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Agradeço, de coração, a oportunidade que me foi dada de falar aos meus irmãos e irmãs, membros desta imensa família que tanto amo e da qual faço parte, numa ocasião tão especial como a dos 800 anos de vivência de nosso carisma, vividos por pessoas tão especiais nos quatro cantos do mundo.
2. Algo muito grande nos une: o seguimento de Jesus segundo as pegadas de São Francisco - 800 anos de estrada deixaram sulcos profundos na história da humanidade, por essa maneira franciscana de ser, agir, de viver.Por essa maneira própria de ser discípulos e missionários do Reino, a serviço do povo de Deus, principalmente os pequenos e pobres desse mundo. A sombra luminosa do marrom terra esquentou muitas vidas ao longo da história.
3. Somos discípulos e discípulas de um homem de Deus. Homem marcado por Deus – homem tomado por Deus que por sua parte se entregou a Deus até o ponto de, com os estigmas poder dizer com São Paulo: “Já não sou eu quem vivo, é Cristo quem vive em mim”. O discípulo segue o exemplo do mestre. Nós somos estes discípulos e discípulas. E eu perguntaria: Como vai nossa vida em comunhão com Deus? Nossa vida de oração, de cultivo da espiritualidade? Aquele ou aquela que se diz franciscano necessariamente deve ser um homem, uma mulher de oração, alguém que lê, medita e procura seguir com fidelidade as orientações do Evangelho. Aquele ou aquela que não é discípulo e missionário da Palavra, igualmente não é franciscano. É uma questão de fidelidade, de coerência ao carisma que Francisco e Clara nos legaram.O franciscano, a franciscana moldados no espírito de Francisco e Clara é aquele, é aquela que repousa à sombra da Eucaristia, e faz dela seu alimento cotidiano.
4. Somos discípulos e discípulas de um homem pobre. Alguém que seguiu de perto Jesus, Homem Pobre, amante dos pobres, que fez dos pobres a menina de seus olhos, a corda fina de seu coração. Fez da pobreza a bandeira de sua missão. Opção esta que nos marcou ao longo da história e que nos identifica no seguimento de Jesus. E como discípulos e discípulas do Poverello, tomaria a liberdade de perguntar: como vai nossa vida de pobreza? Franciscano, franciscana, você é pobre? Se sua resposta for positiva você se torna digno de vestir o burel cor do chão.Se você não for pobre, franciscano você não é. Seu coração se identifica com os pobres? Sua cabeça é de alguém que pensa a partir dos pobres? Seu agir, seu viver tem os pobres como prioridade? Como para São Francisco e Santa Clara o pobre é a corda fina de seu coração, a menina de seus olhos, o sonho de suas noites, sua opção preferencial? Se não for assim você até pode ser um homem ou mulher de boa vontade, mas ainda não é um franciscano, uma franciscana.E se você verdadeiramente se esforçar, um dia poderá vir a ser um verdadeiro franciscano a luz de São Francisco, de Santa Clara, de Santo Antonio, de Maximiliano Kolbe e São frei Galvão. Esta é a nossa marca indelével. O seguimento do Homem Jesus de Nazaré nas pegadas de São Francisco e de Santa Clara.
5. Somos discípulos e discípulas de um homem cheio de vida, que faz das palavras de Jesus suas palavras: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância”. Alguém que se identificou com todas as formas de vida, criação amorosa do Pai.
Um filho fiel que se tornou pai da Natureza, padroeiro e protetor de todas as formas de vida que pululam neste mundo universo que manifestam e testemunham a glória do Pai-Criador.
Hoje, a natureza nos interpela, o meio-ambiente pede chorando para que cuidem dele para que ele possa continuar cuidando da humanidade. A vida quer gerar vida, mas desde que deixem que ela seja geradora de vida. Nesse processo de morte imposto a natureza de Deus, onde estamos?
O que pensamos? O que fazemos de concreto para que a vida seja preservada e possa continuar gerando vida? Preocupo-me com as futuras gerações – nossos filhos, nossos netos, aqueles que virão depois de nós, nos sucederão. Que mundo estamos preparando para eles?
Vão nos agradecer ou vão nos condenar? O que eles dirão de nós se não tiverem mais ar puro para respirar, água potável para beber, alimentos saudáveis para ingerir, um mundo digno para viver? Seremos bem-aventurados ou seremos malditos por eles. Sofremos as conseqüências dos que vieram antes de nós e preparamos a vida ou a morte do mundo para aqueles que virão depois de nós.
Hoje cantamos com Francisco: irmão sol.....irmã lua......irmãs estrelas......irmã água.......irmão ar. Se, como Francisco, não formos verdadeiramente irmãos e irmãs dos elementos criados por Deus Pai, por causa de nós, por nosso amor, nossos filhos e filhas gritarão: maldito sol que nos queima......maldito ar que nos intoxica.......maldita água que nos envenena. E o Cântico do Irmão Sol será um hino fúnebre de desespero e de saudades.6. Meus queridos irmãos, minhas queridas irmãs, o sopro do Espírito paira sobre nós e sobre todos aqueles e aquelas que, como Francisco e Clara almejam viver com sinceridade a vida, dom maior do Pai, doador de todos os bens. Deixemo-nos envolver por este Espírito. Deixemos que o Espírito Santo de Deus-Amor tome conta de nós como tomou conta de Francisco e Clara fazendo deles luzes fortes ao longo destes 800 anos. E assim, por mais 800 anos e para todo o sempre este carisma de vida possa continuar gerando vida e vida com abundância. Paz e Bem!
Aparecida - Santuário Nacional -20 de setembro de 2008.Dom Frei Luiz Flávio Cappio, OFM, Bispo Diocesano de Barra (BA)

sábado, 13 de junho de 2009

Brasileiros gastam cinco vezes mais água que o indicado pela OMS


O brasileiro gasta, em média, cinco vezes mais água do que o volume indicado como suficiente pela Organização Mundial da Saúde – a organização recomenda o consumo diário de 40 litros diários por pessoa, enquanto no Brasil são consumidos 200 litros dia/pessoa, em média. A informação é resultado de uma pesquisa desenvolvida pela H2C Consultoria e Planejamento de Uso Racional da Água. De acordo com a consultoria, faltam políticas globais de incentivo ao uso racional da água e as iniciativas existentes estão sempre voltadas para o aumento da produção de água, e não para a diminuição do consumo. “Até quando vamos deixar as campanhas de uso racional da água nas mãos das concessionárias; isto é contraditório, porque o negócio delas é vender água, assim, quanto maior o consumo e, por decorrência, a venda de água, mais as concessionárias lucram”, destaca Paulo Costa, consultor e especialista em projetos de Uso Racional da Água. O especialista explica que há alternativas que permitiriam reduzir o consumo de água imediatamente, sem necessidade de novos investimentos. “Programas racionalizadores do uso da água foram empregados com sucesso por cidades como Nova York e Austin, nos EUA, e Cidade do México, por exemplo”, relata Paulo Costa, da H2C Consultoria e Planejamento de Uso Racional da Água. De acordo com o consultor, a Prefeitura de Nova York implementou um programa de incentivo à substituição de equipamentos gastadores de água – bacias sanitárias, especialmente – por outros, racionalizadores. O programa foi implementado, entre 1994 e 1996, com investimento de 240 milhões de dólares no incentivo à troca de bacias e válvulas sanitária, permitindo a economia de 288 milhões de litros por dia. Os consumidores passaram a economizar até 35% na sua conta de água mensal. Além disso, os técnicos da prefeitura nova-iorquina constataram também que conservar/economizar 100 milhões de litros de água, por exemplo, sai até um quarto do custo exigido para captar, tratar e distribuir igual volume de água, ou seja, é muito mais barato racionalizar do que aumentar a produção.

Fonte: Revista Bem Público e Eco Terra Brasil

Uso racional da água, essencial para o futuro


Consumo de água cresce duas vezes mais rápido do que a população mundial no século 20: uso racional é questão de sobrevivência
O uso racional e responsável da água é fundamental para o futuro da humanidade, já que o crescimento demográfico, a mudança na intensidade de consumo e o desenvolvimento das atividades humanas implicam maior pressão sobre os mananciais existentes. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), no século 20, o uso da água cresceu duas vezes mais rapidamente do que a população.A água torna-se cada vez mais escassa, até mesmo no Brasil, que detém de 12% a 16% do total de água doce do planeta. Isso porque a questão muitas vezes não se resume à existência, mas às condições de acesso à água. O Nordeste, com 29% da população, conta com apenas 3% dos recursos hídricos do país, enquanto o Norte, com 7% dos habitantes, tem 68%. Até na Amazônia, pela precária infra-estrutura, há pessoas não atendidas pela rede de distribuição.As condições de saneamento básico também continuam muito precárias. Mais da metade do esgoto produzido no país não recebe tratamento e é despejado diretamente nos rios, mares, lagos e mananciais. Além disso, o desperdício de água tratada é muito grande. Só na distribuição, as perdas podem chegar a 65% do que é captado nos mananciais. A média de consumo do brasileiro é de 150 litros por dia, quase o dobro do que a Organização Mundial da Saúde considera suficiente para uma pessoa.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Brasil - Oficializada a grilagem da Amazônia

A Coordenação Nacional da Comissão Pastoral da Terra, CPT, se junta ao clamor nacional diante de mais uma agressão ao patrimônio público, ao meio ambiente e à reforma agrária.
No último dia 4 de junho, o Senado Federal aprovou a MP 458/2009, já aprovada com alterações pela Câmara dos Deputados, e que agora vai à sanção presidencial. É a promoção da "farra da grilagem", como se tem falado com muita propriedade.
Com o subterfúgio de regularização de áreas de posseiros, prevista na Constituição Federal, o governo federal, em 11 de fevereiro baixou a MP 458/2009 propondo a "regularização fundiária" das ocupações de terras públicas da União, na Amazônia Legal, até o limite de 1.500 hectares. Esta regularização abrange 67,4 milhões de hectares de terras públicas da União, ou seja, terras devolutas já arrecadadas pelo Estado e matriculadas nos registros públicos como terras públicas e que pela Constituição deveriam ser destinadas a programas de reforma agrária. Desta forma a Medida Provisória 458, agora às vésperas de ser transformada em lei, regulariza posses ilegais. Beneficia, sobretudo, pessoas que deveriam ser criminalmente processadas por usurparem áreas da reforma agrária, pois, de acordo com a Constituição, somente 7% da área ocupada por pequenas propriedades de até 100 hectares (55% do total das propriedades) seriam passiveis de regularização. Os movimentos sociais propuseram que a MP fosse retirada e em seu lugar se apresentasse um Projeto de Lei para que se pudesse ter tempo para um debate em profundidade do tema, levando em conta a função social da propriedade da terra. O Governo, entretanto, descartou qualquer discussão com os representantes dos trabalhadores do campo e da floresta.


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Fonte site Adital - Comissão Pastoral da Terra

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Sou Contra a MP da "Grilagem"

Mãos a Obra
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A Amazônia está ameaçada! A medida provisória da regularização fundiária, também conhecida como MP da grilagem, aprovada pelo Congresso Nacional, vai regularizar áreas ilegalmente ocupadas na Amazônia.
Isso vai estimular, ainda mais, o desmatamento, principal contribuição do Brasil para o aquecimento global. Essa situação é grave, pois o país já é o quarto maior emissor de gases de efeito estufa.
É hora de agir! Só há uma chance de reverter essa ameaça! Ajude-nos a fazer isso. Peça ao Presidente da República que vete os artigos 2, 7 e 13 da MP 458/09.
Envie uma mensagem formal ao Presidente. Para isso, acesse o site da Presidência da República. Em seguida, copie e cole o texto abaixo no formulário:
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"Presidente Lula, Sou contra o aquecimento global e a favor da Amazônia e do desenvolvimento sustentável. Por isso, peço os seguintes vetos à MP 458/09: Artigo 2, incisos II e IVArtigo 7, eArtigo 13 Presidente Lula, assuma a liderança. Promova o desenvolvimento sustentável. E não a destruição da Amazônia!"
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O que dizem os artigos da MP:

- Artigo 2 , incisos II e IV, definem ocupação e exploração indiretas - Artigo 7:a) Amplia a área máxima de regularização para 1.500 hectares, longe da idéia original da MP de regularizar pequenas propriedades e não os latifúndios;b) abre espaço na legislação para que pessoas ou empresas inescrupulosas comprem grandes áreas por meio de "representantes"; c) desrepeita o artigo 188 da Constituição Federal que trata da cessão de terras públicas. - Artigo 13 abre possibilidade de fraudes na regularização fundiária por dispensar a vistoria prévia do governo, principal instrumento para garantir o cumprimento da lei.
Fonte: WWF

terça-feira, 9 de junho de 2009

Carta de 2070

Palestrantes de Simpósio Internacional sobre mudanças climáticas mostram cenários e desafios de combate ao aquecimento global

Foi aberto na manhã desta segunda-feira, 8, o Simpósio Internacional “Mudanças Climáticas e Justiça Social”. A primeira mesa, “Situação atual das mudanças climáticas no planeta e seus impactos sócio-ambientais”, foi coordenada pelo professor do curso de engenharia ambiental da Universidade Católica de Brasília (UCB), Genebaldo Freire Dias.
O professor do Departamento de Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP), Tércio Ambrizzi, deu início ao evento destacando os principais pontos que afetam a sociedade e o meio ambiente. Responsável pelo tema “Aspectos Globais das Mudanças Climáticas”, Ambrizzi foi categórico em frisar os dados atuais do aquecimento global. “O aquecimento global está por toda parte. Não há um país que não sinta essa mudança hoje. As temperaturas já não são as mesmas, os furacões começam a chegar no Brasil, o nível do mar sobe, tudo isso em decorrência do aquecimento global”. LEIA MAIS

http://www.cnbb.org.br/ns/modules/news/article.php?storyid=1647&keywords=meio+ambiente

CNBB lança título sobre mudanças climáticas em versão popular ilustrada

São Paulo -Durante a 47ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, que ocorreu entre os dias 22 de abril e 1º de maio, em Itaici, município de Indaiatuba (SP), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, lançou o livro “Mudanças Climáticas provocadas pelo aquecimento global – Profecia da Terra”.
A obra, de pouco de 70 páginas, dividida em três capítulos: O que anunciam as mudanças climáticas que já estão acontecendo; Desafios para a humanidade; e Motivações cristãs para ter coragem de mudar, agora ganhou uma versão popular para atingir o público estudantil e os movimentos sociais, como explica a assessora da Comissão, irmã Delci Franzen.
“A cartilha é uma versão popular do livro voltada para os movimentos sociais, as comunidades e para a classe estudantil. É por isso que ele ganhou uma cara nova, ilustrada; mas os textos continuam com o mesmo cunho cientifico, com reflexões teológicas e pistas de ação”.
Recheado de olhar crítico, Mudanças Climáticas, é literalmente uma profecia da terra, cujo foco está direcionado ao aumento de gases na atmosfera, mudanças climáticas, e com o questionamento: “Quem provoca esse aquecimento e as mudanças climáticas?
A obra traz ainda reflexões sobre Água, alimentos, além de fundamentos bíblico-teológicos a respeito do cuidado com a criação e de uma espiritualidade ecológica, com propostas de ação pastoral.
Os artigos, análises e pesquisas presentes no livro são contribuições de várias obras e institutos que trabalham em favor da ecologia, como é o caso do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), Instituto Humanitas Unisinos, Folha de São Paulo, o livro O Sonho da Terra, de Thomas Berry, entre outros.
Sobre o que vai ocorrer no futuro, a partir das consequências provocas pelas mudanças climáticas, o livro diz. “Tudo vai depender de como a humanidade, e de modo especial os países que mais emitem gases que provocam efeito estufa, se comportarem de agora em diante. Levarão, finalmente, a sério as advertências dos povos indígenas, dos ecologistas e das conclusões dos cientistas? Serão capazes de fazer as mudanças necessárias, indispensáveis para evitar o pior? Serão capazes de mudar com maior profundidade, passando a fazer penitência pelo malfeito à mãe terra e a retomar sua qualidade de cuidadores da vida na Terra?”.
A cartilha é composta de 32 páginas produzidas com folhas recicláveis.

Mudanças Climáticas pode ser adquirido pelo telefone (61) 2103-8383, pelo fax (61) 3322-3130,
pelo e-mail vendas@edicoescnbb.com.br ou pelo site http://www.edicoescnbb.com.br/.
Fonte site CNBB

domingo, 7 de junho de 2009

Ecologia, Educação e Espiritualidade

O Irmão menor Frei Ludovico Garmus informa que o Instituto Teológico Franciscano (ITF) oferece curso de Extensão Lato Sensu em "Ecologia, Educação e Espiritualidade" em Petrópolis. São três semanas em três janeiros seguidos.

Mais informações no site:

Encerramento do Fórum - Coral Unirio

Palestrantes

Eloísa Marques da Silva Ribeiro - Meteorologista
Tema: Mudanças Climáticas.
Frei Ludovico Garmus - Teólogo
Tema: Aspectos Bíblicos da Ecologia
Sueli Caldas Magalhães - Bióloga
Tema: Uso Racional da Água

Porpostas do Fórum

Nas Fraternidades:
1 - Promover nos distritos e nas fraternidades novos fóruns com o objetivo de promover a educação ambiental e a necessidade de serem multiplicadores em suas comunidades, escolas, organizações de bairro, igrejas e etc;
2 - Preparar material (cartazes e panfletos) para maior propaganda;
3 - Evitar materiais descartáveis nos encontros.
Nas Secretarias de Educação:
1 - Capacitar professores e tornar a Educação Ambiental cadeira obrigatória nas escolas, sem todavia, perder a interdisciplinariedade;
2 - Criar meios para que alunos desenvolvam ações concretas de preservação nas escolas para que sejam multiplicadores da educação ambiental em suas casas, famílias, vizinhanças e etc.
Na Legislação:
1 - Apoiar entidades que trabalham na proteção do meio ambiente com descontos nos impostos e contribuições;
2 - Cobrar uma verdadeira fiscalização dos orgãos controladores;
3 - Os meios de comunicação são concessões públicas na legislação, por isso deveriam ser obrigados a dar um horário no seus programas para a educação ambiental.
Nas Estruturas de Governo:
1 - Promover mensagens escritas e eletrônicas para autoridades chamando a atenção para a questão ambiental e a responsabilidade de preservar e melhorar as condições de infra-estrutura de nossas cidades.;
2 - Participação ativa nos governos executivo, legislativo e judiciário mostrando que nós temos força e eles foram eleitos para pensar e analisar a urgente questão da qualidade de vida do povo;
3 - A obrigatoriedade da coleta seletiva de lixo.
Novo Fórum:
Convidar o governador, prefeito, deputados e vereadores para falarem sobre a responsabilidade ambiental de seus mandatos, seus programas e propostas ambientais.
Mãos a Obra

sábado, 6 de junho de 2009

Paz e Bem

Como Ministro da Ordem Franciscana Secular do Rio de Janeiro e Espírito Santo cumprimento a todos os participantes do 1º Fórum Franciscano de Meio Ambiente, que tem como lema Fraternidade e Meio Ambiente.
Agradeço também a acolhida do nosso convite aos moderadores, o Professor Ernane e a Professora Maria Conceição, aos nossos palestrantes a Professora Eloísa, a Bióloga Sueli e ao nosso irmão menor Frei Ludovico que se colocaram prontamente a disposição do Fórum e hoje estão aqui conosco.
A Ordem Franciscana Secular tem por força de seu Carisma e de sua Regra o dever de neste Fórum dar o primeiro passo rumo a um real debate de idéias, para traçar por quais caminhos vamos assumir atitudes corajosas para a proteção da Criação.
Que a contribuição de cada um dos palestrantes possa clarear nossas idéias e por meio do debate conjunto possamos avançar com o correto conhecimento a águas mais profundas.
É hora de todos nós membros de uma mesma realidade social, franciscanos ou não, nos unirmos em busca de atitudes concretas para a mudança desta cultura de morte em nossa sociedade.
Neste momento declaro aberto o nosso 1º Fórum Franciscano de Meio Ambiente.

Mãos a Obra

Helio Gouvêa OFS

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Cartaz do Fórum


Fórum Franciscano - Fraternidade e Meio Ambiente


FÓRUM FRANCISCANO - FRATERNIDADE E MEIO AMBIENTE - 06/06 -PUC.RIO

Objetivo: Promover uma reflexão e conscientização sobre as questões ambientais que constituem o carisma franciscano.

Público: Todos os interessados no cuidado com a vida em todas as suas formas.

PROGRAMAÇÃO

MESA REDONDA

Palestrantes:

Eloísa Marques da Silva Ribeiro - Meteorologista
Tema: Mudanças Climáticas.

Frei Ludovico Garmus - Teólogo:
Tema: Aspectos Bíblicos da Ecologia

Sueli Caldas Magalhães - Bióloga
Tema: Uso Racional da água


08h00 – Chegada
09h00 - ABERTURA: Ministro da Ordem Franciscana Secular - Regional II RJ/ES
09h15 – 10h00 – Palestra – Professora Eloisa Marques da Silva Ribeiro
10h00 – 10h45 – Palestra – Frei Ludovico Garmus
10h45 – 11h30 – Palestra – Bióloga Sueli Caldas Magalhães
11h30 – 12h15 – Debate

12h15 – Almoço (Fora do Campus)

13h15 – Reflexão
14h00 – Encerramento: Coral UNIRIO